Ela desejava {ao menos por um dia} ser cinzenta, ser outono, ser o 'basicamente'. Que conseguisse sublimar seus sentimentos, amassá-los até a cura, sem que as pessoas sequer notassem [...] Andar numa bolha {rígida e maçiçamente preenchida de cor} para que suas expressões ficassem engavetadas a sete, oito, nove chaves.
Mas no mais íntimo e natural do ser, ela sabia que "destransparecer" sua transparência tão evidente, era o mesmo que enganar a si e fingir ser alguém que não era. Sim, ela não tinha o filtro que separava o que ficaria guardado para ela e o que todos podiam ver. E a necessidade de esconderijo então passava rapidamente, quase como um lapso.
{ Só não sabia quão saudável/ destrutivo isso podia ser}
Comentários
grato pela sorte de ter achado seus escritos.