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Mostrando postagens de junho, 2011

DI-DIÁLOGO

Viveu dias em que todas as realidades foram aumentadas, em que cada olhar pareceu um abraço, em que algumas vozes gritantes estavam mudas [e mereciam estar]. Viveu dias em que agradeceu por estar confusa, sem saber o que seria dela se tivesse uma única história para viver. [o perigo de possuir apenas uma história as vezes vem à tona como uma verdade difícil de digerir]. Viveu dias em que se surpreendeu com a falta de noção das pessoas ao seu redor e, viveu outros em que se surpreendeu por estar surpresa. [a falta de noção é corriqueira] - Deveria se surpreender na verdade, é com a coerência humana. [se é que há]. Viveu dias intensos [e exclamou sozinha: ainda bem!] Viveu conversas sobre laços... Sobre vínculos... Sobre afetos. Ao adormecer, percebeu que viveu "bons encontros". [e esta expressão a acompanhou por semanas] Viveu dias ácidos, em que as pessoas desconhecidas lhe pareciam mais amigas que as de longa data. [identificação inesquecível, efêmera e intensa]