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Mostrando postagens de julho, 2009

lar

Eu que já não quero mais calar, grito suave pra fazer ouvir os corações. O grito suave, que quero muito meu, Aos poucos gera vida, cultiva e renasce quantas vezes for necessário, Uma delicadeza alicerçada nas causas... Um grito silencioso, passaroso e calmo. Eu que já não quero mais só ver a banda passar, Canto sem paredes que se façam de muralha. O som expande... Ganha força e chega onde deve chegar. (!) Canto baixinho, porque é assim que sou. É assim que quero que seja. Eu que já não sou capaz de ignorar quem sou, Vou com coragem um tanto mais fundo, até onde der de mim mesma. Os mais cuidadosos já avisam de antemão: "cuidado... Isso pode ser perigoso!" E o que não o é? Se feliz é quem desconhece, Que me desculpem os adeptos, Mas conhecer é maravilhoso... Eu que já não quero mais ver a vida acontecer Sem a chance impetuosa de criar, fazer, chorar, vencer, Não quero mais a ansiedade do não-saber. Entendo o quão "minhas&qu

POR UM TRIZ

"Que a lente do amor aumente Faça em presença o que é ausente Porque só se vive por um triz Só o amor pode juntar O que o desejo separou Não poderia o ontem se Vestir de amanhã (?) Porque só se vive por um triz . . . " Se só se vive por um triz, que sem reservas, cuidemos de cada pedaço de amor que espalhamos por aí - de cada um que cativamos e daqueles que de propósito nos cativaram - para que quando o "triz" chegar, ainda haja um rastro de sorriso pra tudo o que há de bom viver intato. Eu, confesso que, o riso pra mim é a medida. Quando há qualquer jeito de sorrir, de brincar e brindar... Então as coisas permanecem do jeito que deviam ser - e que muito me agradam. Ah, como os sorrisos me são caros e me apetecem! O riso me escapa pelos cantos... E quando me cerram, tornando-o amarelo e ensaiado, então dá vontade de fugir. Adoro a liberdade ingênua das brincadeiras e dos sorrisos... De um jeito ou de outro, sinto que as pessoas que me deixam sorrir e q

pequena humana

Conheci uma menina pequena, que acostumada a viver de frente com contradições, posta numa felicidade insuportável, não conseguiu ir pra frente nem pra trás. A felicidade pra ela pareceu algo a que realmente temer. E ela se viu, pela primeira vez na vida, humanamente frágil e estranhamente feliz. Por vezes, relutou... Por outras tantas achou tudo irreal. "E quando tudo acabar?" - Ela repetia pra mim incansavelmente. Então eu dizia: "Mas porquê, porquê tudo tem que acabar?" Balbuciando, ela dizia: "É tudo muito inconstante..." ---------- "Pequena, quando tudo acabar... Vai restar você e, tudo o que quiser te acompanhar".