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Mostrando postagens de julho, 2008

sempredessemomento

E ela pediu sussurando: "Que eu me lembre sempre desse momento, que eu me lembre sempre desse momento..." Ela queria um momento. Um momento de liberdade intocável, de longas prosas não-piedosas e maçantes, mas aconchegantes como uma almofada ao que tem sono. E que se houvessem dias de não poder se olhar ao espelho, ou então ser afogada por pequenas irritações discrepantes, que ela os mandasse para o espaço! (delicadeza). Estava decidida a viver causando sensações (seja lá quais forem) e pisar não como quem passa, mas como quem marca. Então se calou e procurou no fundo o que a consumia de forma positiva... Suas boas lembranças as encontraram de um jeito avassalador, do jeito como gosta. Ligou para sua melhor-amiga de infância, quem não via por bons 6 anos e alguns meses devido à desculpa de "falta de tempo/trabalho demais..." e disse que sobretudo, sentia saudades de quando passavam tardes apontando lápis-de-cor. Foi até a casa de uma tia velhinha que sempre foi muit

hipocris (chéri) ia

Eu tô vendo gente falando muito e sentindo pouco, eu tô vendo palavras que escapam tortamente perdendo significações. Eu tô vendo, despudoradamente, o doce amargo dos dizeres superficiais... E é tanta palavra bonita, é tanta pompa, tanta emoção que primeiro mostra pra depois ser. Ou nem ser. Eu vejo, manobras calculáveis de jogos de palavras... Que convencem, que desviam, que mascaram uma realidade que ora dói, ora gera desumanidade que enfim, é dor também. Parabéns, você conseguiu de novo arrumar desculpa esfarrapada pra uma realidade que te assusta. Se sente melhor agora? Ai que esforço exagerado para evitar esforços maiores, quando sentir cada coisa como é, nua e crua é mais simples e correto. (Quem pode falar a palavra 'correto' com propriedade, enfim?) Como se a vida tivesse que ser um eterno mar de rosas, cheiroso e... cheio de tubarões lá no fundo. NINGUÉM quer ver os tubarões! Eles estão ali! Tubarões... O que tem eles? Vamos ignorá-los! São apenas tubarões... I

c a n t o

E se eu sou acalanto, eu fico. Se os olhos marejam, eu sou. Se os braços envolvem, realizo. Se as cores têm mais cor, nós somos um acalanto que mareja e é. Vou buscar a serena aurora pra guardar numa caixa com furinhos. Talvez seja maldade, mas abrir e olhar a qualquer hora do dia aquele momento que suas mãos encontraram a minha (mesmo que você tenha feito cara de movimento involuntário), seria demais pra mim. Demais no sentido de bom. Mas não vou deixar na estante, empoeirando. Vou colocar num pilar creme com relevos na entrada da casa. Ah, essa casa que guarda tanto de você. Nos azulejos, nos quadros, nas janelas... E também nas gavetas e cantinhos. Vai combinar com a decoração, pode apostar. Aí eu paro e penso: { Será que você tem a sorte de sempre estar nos momentos marcantes... Ou os momentos marcantes só o são por causa de você? } Segunda opção com luzes piscantes e setas de Drive-Thru. Meu acalanto é no teu canto, tua voz, teu encanto... (!) Seu encanto cá no canto da sala-de-es