Ele carregava a rosa cor-de-rosa, envolta por plástico e papel de seda com uma das mãos, enquanto a outra segurava o apoio do ônibus lotado. Era uma rosa já aberta, com cara de que queria ser entregue logo ao seu destino. O dono da rosa mais protegida da cidade, pois bem, tinha olhos de ansiedade, pouco piscava e nem parecia estar no centro da cidade de São Paulo. Via-se que a mão da rosa já suava, mas não parecia incomodar. Dali a alguns minutos a própria rosa iria começar a murchar, murchar... Ou não, quem sabe. Aposto que a outra mão -agora livre- após ele ter conseguido o almejado lugar para sentar-se, estava à espera de afagar os cabelos da moça, logo após a sutil encomenda. Uma saga na cidade, num dia de semana, com tantos coadjuvantes a trabalhar... Não sei por quais motivos, mas ele se dirigiu até uma floricultura sim, do outro lado da cidade, apenas para comprar uma rosa cor-de-rosa. Não existem floriculturas mais próximas ou havia um significado? Relevâncias à parte, a