Para ler ouvindo: Pássaro Proibido by Caetano Veloso on Grooveshark Sei quase nada de passarinhos. Eles sabem quase nada de mim também. Somos um para o outro, puro mistério, doce dúvida, mútua surpresa... Ainda assim, sinto-os tão perto. Ouço-os tão fundo. Amo-os tão largo! Toda manhã quando a corruíra canta, é como se reinasse absoluto sentido, depois da longa e impetuosa atmosfera onírica. É como se o meu espírito tivesse som e minha alma, asas. Nesse prelúdio da Revolução, a corruíra canta a liberdade, celebra a convivência, veste-se de simplicidade... Existe. Pura e grandemente. Onde moram as corruíras? O que elas fazem pra sobreviver? O que as corruíras querem comprar? ... Elas não sabem não, mas me ensinam cada vez mais a perguntar menos. Acho graça nisso. Gosto de pensar que nem toda tecnologia do mundo, nem a máquina mais inteligente, é capaz de criar uma corruíra. Me conforta e esquenta o coração. Gosto de pensar que as corruíras não se preocup