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Mostrando postagens de agosto, 2008

Matizes

Eu acho que a gente tem alma violeta. Já tive vontade antes de ver a cor das coisas que não se vê, ver a cor do que paira em cima dos que estão se casando, ver a cor da alma de uma criança abraçadinha na mãe, ou então a cor do que fica em volta das famílias numerosas, comendo lasanha no domingo. Eu acho que nossa alma é violeta. Quando a gente acorda de manhã bem cedo, estica as pernas e faz careta, aí é colorida, só pode ser. E quando a gente segue de mãos dadas por ladeiras, ou durante carinho nos meus cabelos e susto da surpresa boa, deve ser meio vermelha. Nossa alma deve ter gradações das matizes mais bonitas, posso apostar. E há quem ache idéia de maluco, mas vai chegar um dia, em algum momento dos surreais que a vida dá de presente, que vai se perguntar carinhosamente, qual devia ser a cor daquele momento. E eu queria estar perto só pra dizer: "Maluquice te fez bem hein..." e sorrir como pra quem tem um segredo bem guardado. Não é tudo que merece uma co

mantra do vôo sublime

Nada mais que faça relutar. ~ V oar por aí afora, descobrir aurora, fantasiar asas minguantes. (Asa cadente, voar na asa macia!) V o a r a í a f o r a - Calar escuro, mastigar manhã, morrer no colo e sobreviver. Voar por aí, afora, numa aura hora, pintar esquadros, de tinta e olhar pro meu lar, sabiá. Voar por aí afora, sim afora, e a qualquer hora deitar na grama, respirar fubá, tocar madeira molhada de orvalho e de luz. Depois da aurora, e do vôo afora, deixar os raios entrarem pela nossa janela, tocando o café e os pés (quentinhos da noite de inverno) E voar por aí (afora!). E se nada fizer sentido, só, ser um, só, na mesma direção basta. Voar por aí, afora. Na nossa aurora, a qualquer hora . . . { oras. } Voar.
{Nota minha nota que é pra te notar, Canta teu encanto que é pra me encantar} ;