E por que não calar a pressa, estapear os moldes e golpear as amarras? Por que insistir que não há tempo pra olhar o essencial, sendo que corremos tanto pra termos tempo suficiente pra sermos enfim, felizes? (Corrida desenfreada até o nada?) Por que deixar de dançar os ritmos mais doces não importa onde estivermos, ou então deixar de olhar o céu laranja ser engolido pelo azul em noites claras? É tudo esquecimento? É tudo falta de sensibilidade? Sensibilidade faz falta. Uma parada proposital no dia, pra aprender uma lição. Uma flor arrancada do galho da calçada, murcha e sem perfume, mas recolhida com amor pra entregar ao bem-me-quer. Uma observação sutil na rua, de uma criança a conhecer o mundo, com aqueles olhinhos pequenos e tão vivos. Uma corrida até o amor pra dizer uma palavra de carinho, ofegante e suada. Ou qualquer coisa que é olhada de dentro pra fora. Como as coisas devem ser. Sabe como é? Talvez, se um dia, eu conseguir apontar o simples às pessoas... O quanto a