Ele carregava a rosa cor-de-rosa, envolta por plástico e papel de seda com uma das mãos, enquanto a outra segurava o apoio do ônibus lotado.
Era uma rosa já aberta, com cara de que queria ser entregue logo ao seu destino.
O dono da rosa mais protegida da cidade, pois bem, tinha olhos de ansiedade, pouco piscava e nem parecia estar no centro da cidade de São Paulo.
Via-se que a mão da rosa já suava, mas não parecia incomodar. Dali a alguns minutos a própria rosa iria começar a murchar, murchar... Ou não, quem sabe.
Aposto que a outra mão -agora livre- após ele ter conseguido o almejado lugar para sentar-se, estava à espera de afagar os cabelos da moça, logo após a sutil encomenda.
Uma saga na cidade, num dia de semana, com tantos coadjuvantes a trabalhar...
Não sei por quais motivos, mas ele se dirigiu até uma floricultura sim, do outro lado da cidade, apenas para comprar uma rosa cor-de-rosa. Não existem floriculturas mais próximas ou havia um significado? Relevâncias à parte, a rosa era bonita.
Depois do ônibus, o metrô, e entre estações e portas que se abrem, apitam, fecham e servem de apoio pro cansaço de muita gente, estava lá o moço, com a mesma cara estática, imaginando o que dizer no momento que a visse.
Deve ser um amor daqueles puros e singelos. E nesse caso, de mochilas e Ipod's. Shopping e catracas diárias.
Descendo do metrô, seus passos eram tranquilos e ritmados. Não parecia ter pressa. Talvez estivesse até a adiar o tempo alguns minutos, porque saiu muito cedo de casa com medo de atrasar-se.
A rosa continuava intacta. Ele estava ouvindo a música do dia que se conheceram.
E lá foi ele, seguindo seu caminho por onde não pude mais acompanhar, nem com os olhos, nem com as divagações possíveis e um tanto, surreais. Desejei-lhe sorte, silenciosamente, e boas cócegas no coração. "Corre, vai dizer pro seu benzinho, que o amor é lindo..."
Talvez o presente fosse parar num vaso, morrer após uns dias, e possivelmente acabar no lixo, ou numa caixinha guarda-pétalas se a moça gostar de guardar detalhes pra lembrar depois.
Mas com certeza, a rosa tinha consigo tanto sentimento, que nem mesmo a própria natureza seria capaz de traduzir.
E há quem diga que a correria corrói as coisas. E as rosas cor-de-rosa? Onde ficam nessa história? Hein, hein?
Marina Cruz sempre repara em algumas coisas, mas as pessoas não percebem.
Marina Cruz acha lindas todas as surpresinhas nas quais ela é a moça da história.
Era uma rosa já aberta, com cara de que queria ser entregue logo ao seu destino.
O dono da rosa mais protegida da cidade, pois bem, tinha olhos de ansiedade, pouco piscava e nem parecia estar no centro da cidade de São Paulo.
Via-se que a mão da rosa já suava, mas não parecia incomodar. Dali a alguns minutos a própria rosa iria começar a murchar, murchar... Ou não, quem sabe.
Aposto que a outra mão -agora livre- após ele ter conseguido o almejado lugar para sentar-se, estava à espera de afagar os cabelos da moça, logo após a sutil encomenda.
Uma saga na cidade, num dia de semana, com tantos coadjuvantes a trabalhar...
Não sei por quais motivos, mas ele se dirigiu até uma floricultura sim, do outro lado da cidade, apenas para comprar uma rosa cor-de-rosa. Não existem floriculturas mais próximas ou havia um significado? Relevâncias à parte, a rosa era bonita.
Depois do ônibus, o metrô, e entre estações e portas que se abrem, apitam, fecham e servem de apoio pro cansaço de muita gente, estava lá o moço, com a mesma cara estática, imaginando o que dizer no momento que a visse.
Deve ser um amor daqueles puros e singelos. E nesse caso, de mochilas e Ipod's. Shopping e catracas diárias.
Descendo do metrô, seus passos eram tranquilos e ritmados. Não parecia ter pressa. Talvez estivesse até a adiar o tempo alguns minutos, porque saiu muito cedo de casa com medo de atrasar-se.
A rosa continuava intacta. Ele estava ouvindo a música do dia que se conheceram.
E lá foi ele, seguindo seu caminho por onde não pude mais acompanhar, nem com os olhos, nem com as divagações possíveis e um tanto, surreais. Desejei-lhe sorte, silenciosamente, e boas cócegas no coração. "Corre, vai dizer pro seu benzinho, que o amor é lindo..."
Talvez o presente fosse parar num vaso, morrer após uns dias, e possivelmente acabar no lixo, ou numa caixinha guarda-pétalas se a moça gostar de guardar detalhes pra lembrar depois.
Mas com certeza, a rosa tinha consigo tanto sentimento, que nem mesmo a própria natureza seria capaz de traduzir.
E há quem diga que a correria corrói as coisas. E as rosas cor-de-rosa? Onde ficam nessa história? Hein, hein?
Marina Cruz sempre repara em algumas coisas, mas as pessoas não percebem.
Marina Cruz acha lindas todas as surpresinhas nas quais ela é a moça da história.
Comentários
Vc realmente é uma pessoa mt sensível! E especial para mim!
^^
Pois é... algumas coisas sobrevivem a qualquer ritimo.