Eu que já não quero mais calar, grito suave pra fazer ouvir os corações.
O grito suave, que quero muito meu,
Aos poucos gera vida, cultiva e renasce quantas vezes for necessário,
Uma delicadeza alicerçada nas causas...
Um grito silencioso, passaroso e calmo.
Eu que já não quero mais só ver a banda passar,
Canto sem paredes que se façam de muralha.
O som expande... Ganha força e chega onde deve chegar. (!)
Canto baixinho, porque é assim que sou.
É assim que quero que seja.
Eu que já não sou capaz de ignorar quem sou,
Vou com coragem um tanto mais fundo, até onde der de mim mesma.
Os mais cuidadosos já avisam de antemão: "cuidado... Isso pode ser perigoso!"
E o que não o é?
Se feliz é quem desconhece,
Que me desculpem os adeptos,
Mas conhecer é maravilhoso...
Eu que já não quero mais ver a vida acontecer
Sem a chance impetuosa de criar, fazer, chorar, vencer,
Não quero mais a ansiedade do não-saber.
Entendo o quão "minhas" são as vivências que providencialmente,
Constróem o que há de singular em mim.
Quero confiar num futuro menino,
Maroto e sorridente...
Confiar numa força primeira,
Numa disposição latente
-de transformar.
Eu que já não quero mais complicar,
Torço pra caber em mim
A graça do simples, do pequeno,
Do amor não visto que se sabe.
Da fé invisível que se conhece.
Do sorriso contido que, se acredita.
De uma resposta desconhecida pra se lutar.
E devagar, não parando,
Construir o meu lar,
Mobiliar a casa com amor.
Comentários
Vc viu que o nacional foi adiado???
E a saga da saudade continua!
=/